sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fernando Doria em Nova York

Fernando Doria em Nova York.

Fernando Doria em recente entrevista falou  de sua  exposição em Nova York.
Um trabalho que vem sendo construído há mais de dois anos toma corpo agora no Moma
 O projeto iniciou-se com a obra “Y Remenber Rembrandt”, onde o artista, partindo de uma representação de um dos retratos do pintor holandês,inicia uma desconstrução, aplicando uma camada transparente de tinta e sobrepondo outras imagens, dando aí início a uma nova leitura da obra, como se pedisse ao espectador que continuasse a contar a estória por ele iniciada.
Paralelo a esta obra o artista cuja produção é fecunda segue com a criação de seus CDs, com capas  de humor ácido e critico e com CDs que contem imagems da própria exposição,inclusive do próprio CD no qua está contido.
Soma-se a este trabalho a produção de seus livros de artista (edições únicas),retomando o “ livro dos ossos”,e criando novos livros, como por exemplo o “livro caixa”, cujo título poderia remeter aos velhos livros de anotações financeiras, mas que na verdade é um pequeno (de dimensões minúsculas)livro produzido desde uma caixa de “eslaides”,encontrado na rua.
A capa que traz o título “Austrália” é apenas uma colagem do cartaz do filme,acompanhado da data de lançamento.
Em seu interior vamos encontrar pequenos eslaides, onde foram retiradas as transparências e colocado ali novas imagens, em tom sépia, acompanhados de representações desenhadas destas imagens.
A obra (conjunto),de Fernando Doria, traz sempre um incômodo,que nos faz pedir uma referência,referência esta que o artista se nega em nos dar. É como esta pedras que entram em nossos calçados fazendo-nos lembrar de que elas lá estão, até que a retiremos.
Assim  com as obras deste artista.Porém este incomodo ao invés de nos fazer querer retirá-lo nos dão desejo de querer mais, como se ele( o artista), soubesse (e sabe), onde coloca seu dedo, atingindo o ponto nevrálgico de cada espectador.
Penso que o incomodo maior seja á necessidade de uma lógica que não se encontra em seu trabalho.
NÃO QUE SEU TRABALHO NÃO SEJA BEM RESOLVIDO. Pelo contrario,ele tem uma construção e uma solidez de quem há muito tempo tempo está na estrada. E por isto mesmo ele e sua obra podem “brincar” com a falta de lógica.
O mundo é ilógico. Esta frase do próprio artista encaixa perfeitamente em sua produção.
O artista não segue uma linha. Eu vou onde minha cabeça vai, diz Doria. Se hoje começo uma pintura e estou ouvindo  Andrea Boccelli, amanhã pode ter certeza que o quadro vai dar uma guinada já que a noite li os contos de Edgard Alan Poe, e pela manhã vou ouvir “Zé Ramalho”.  Não ter lógica é a minha lógica, diz Fernando.
Vale a pena conferir esta mostra. No mínimo se você está sem rumo,saindo desta exposição você vai se encontrar, como diz o artista dentro deste mundo sem lógica. 
(TEXTO FICTICIO PARA APRESENTAÇÃO DO ARTISTA)      

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